PROJETO EU PASSARINHO


A atividade, internacionalmente, conhecida como birdwatching vem a cada dia ganhando mais adeptos na região do Vale do Aço. Dentro do conceito de ciência cidadã, ajuda a reunir de forma colaborativa informações que podem ser utilizadas para aumentar o conhecimento e ajudar na conservação de aves brasileiras e de todo o mundo.


O turismo de observação de aves é uma atividade crescente no Brasil, movimentando a economia em regiões de grande diversidade biológica. Com o propósito de fomentar a observação de aves como potencial turístico regional, três amigos uniram-se e desenvolveram ações de planejamento e divulgação da atividade proposta e, assim, realizaram o primeiro evento intitulado "Vamos Passarinhar no Vale do Aço?", no dia 13 de janeiro de 2018, no Cocais das Estrelas, em Antônio Dias/MG.  

Com o objetivo de facultar ao público do Vale do Aço o acesso a esse pilar do turismo fotográfico e do ecoturismo, os mentores do projeto "Vamos Passarinhar no Vale do Aço?" reuniram dez observadores de aves de Ipatinga e Timóteo, com a condução do guia especialista em observação de aves, Henrique Junior, acompanhado das amigas Rita Bordone e Ana Cleide. O teor desta ação implica em ouvir e identificar as espécies de pássaros existentes em determinada localidade. A medida que os participantes vão fotografando e relacionando as espécies encontradas e desejam continuar a procurar pelas aves que ainda não fotografaram e, dessa forma, elas precisam se deslocar para algumas áreas e, quanto mais preservadas essas áreas, maior será o número de espécies encontradas. A principal ferramenta de um observador de aves é o seu ouvido, pois é escutando o canto dos pássaros que é possível identificá-los e, a partir daí, usar de artifícios para atraí-los até um local onde seja possível vê-los, ouvi-los e fotografá-los. Outras 7 ações foram realizadas ao longo do ano de 2018 pelo grupo nas áreas dos munícípios do Vale do Aço como o Parque Estadual do Rio Doce, em Marliéria/MG, a Fazenda Macedônia, da Cenibra, em Ipaba/MG e uma ação internacional denominada Big Day Vale do Aço, no Parque Ipanema, em Ipatinga/MG. O grupo tornou-se uma referência regional, sendo convidado para participar de eventos de divulgação e exposição do projeto, ocasionando uma mudança de fase na proposta de divulgação da Atividade de Observação de Aves no Vale do Aço. Foi quando Ana Cleide, Henrique Junior e Rita Bordone decidiram lançar a Marca “Eu Passarinho”, inspirada no Poeminho do Contra, de Mário Quintana. 


A atividade reuniu cerca de 100 participantes ao longo do ano de 2018 e 2019 e consolidou um grupo de 22 integrantes interessados no tema da observação de aves e desejosos, não só de reconhecer e fotografar as aves regionais, como também de multiplicar a ação para formação de observadores de aves de todas as idades, especialmente da nova geração de crianças, adolescentes e jovens. O objetivo deste projeto é apresentar, de forma objetiva e conceitual, a ideia de promover a observação de aves nas cidades do Vale do Aço e seu entorno. A observação de aves é uma atividade ao ar livre, com grande potencial turístico, podendo ser realizada por profissionais e leigos, envolvendo uma rede de produtos e serviços específicos e que, potencialmente, podem dinamizar o desenvolvimento sustentável de uma região, bem como é capaz de dinamizar a economia local, sobretudo para as pessoas ligadas às atividades de preservação da natureza.  


A pandemia da COVID-19 interrompeu os trabalhos no ano de 2020 e início de 2021. Mas o grupo segue trabalhando de modo interativo e trocando experiências com outros grupos de observadores de aves nacionais, buscando parcerias para o reforço da atividade no Vale do Aço.


Objetivamos através deste edital fortalecer as bases de conhecimento e divulgação da atividade e implementar as ações propostas para a multiplicação da atividade, com foco principal nos grupos de interesse e na formação de novas gerações que aprendam sobre a importância de conhecer e preservar a avifauna regional, uma das maiores riquezas ambientais do Vale do Aço, com registros em torno de 400 espécies de aves.